quinta-feira, 1 de abril de 2010

TAÇA DAS BOLINHAS


CBF decidirá em poucos dias com quem ficará a Taça de Bolinhas

A polêmica da Taça de Bolinhas, que seria entregue ao primeiro pentacampeão brasileiro, está próxima do fim. Em solenidade na última quarta-feira, na Câmara de Vereadores do Rio, o presidente da CBF, Ricardo Teixeira, confirmou que encomendou um estudo ao departamento jurídico da entidade para decidir o destino do troféu.

O anúncio não demorará a acontecer, segundo confirmou o diretor jurídico da CBF, Carlos Eugênio Lopes. Flamengo, pentacampeão em 1992 não reconhecido pela CBF (entenda mais abaixo), e São Paulo, penta em 2007, travam essa batalha.

ENTENDA A POLÊMICA
 
A taça seria dada em definitivo ao clube que conquistasse o Brasileiro três vezes consecutivas ou cinco alternadas. Em 1987, a Copa União, o primeiro campeonato nacional organizado pelo Clube dos 13, o Flamengo foi campeão do Módulo Verde, e o Sport venceu o Módulo Amarelo.
O regulamento da competição previa o cruzamento entre os dois primeiros colocados de cada módulo. Porém, Flamengo e Inter (campeão e vice do módulo verde) se recusaram a disputar o quadrangular com Sport e Guarani (campeão e vice do módulo amarelo). A CBF declarou o clube de Recife campeão, decisão confirmada em maio de 1994 em uma sentença do Tribunal Regional Federal. Campeão brasileiro no ano passado, o Fla contabiliza como sexto título.
NOTA DO BLOG: Qual será o verdadeiro motivo da CBF reabrir discussão numa questão já decidida com sentença transitada em julgado? Ou seja, o Flamengo entrou com ação na Justiça para reaver o título de 1987, perdendo em todas as instâncias e a CBF quer rediscutir algo já decidido por Tribunal Federal. Isso está cheirando a mais uma marmelada da CBF e do Sr. Ricardo Teixeira. Mas o todo poderoso da CBF, que já admitiu ser Flamenguista, disse que não vai interferir na decisão do setor jurídico da instituição. Será?


Trecho extraído do Blog Coluna Dois, do site Globoesporte.com


A sentença do caso – favorável ao Sport – só saiu em 1994. A União apelou e perdeu em segunda instância em 1997. Novo agravo de instrumento subiu para o Superior Tribunal de Justiça – que em 1999 manteve a sentença inicial. Em 2001, venceu o prazo para que o Flamengo (ou qualquer parte) recorresse (para isso seria necessário apresentar alguma evidência nova para reformar a sentença definitiva).  Em suma, é uma sentença transitada em julgado que não pode ser modificada. Muito por isso, a CBF não tomou a salomônica decisão de repartir o titulo de 1987. E, ironia ou não, hoje o Sport é membro do clube dos 13 – e não abre mão de jeito nenhum de ser considerado campeão único do campeonato sem fim.

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