sexta-feira, 23 de abril de 2010

A COPA DA MISÉRIA

LIBERTADORES: A COPA DA MISÉRIA
Fonte: O Lance!

A Libertadores é o sonho de todo presidente de clube e o pesadelo de todo diretor financeiro. A frase parece irônica, mas não é. Se, do ponto de vista esportivo, é o torneio mais importante do continente, é quase um buraco sem fundo do ponto de vista econômico.

Para arrecadar um mísero milhão de dólares (R$ 1,75 milhão), é preciso chegar à semifinal.
E nem a conquista merece uma bolada. O campeão da Libertadores recebe menos do que a cota de TV paga a qualquer dos 12 maiores clubes nos Estaduais. E o vice recebe cerca da metade do campeão.

– Na Libertadores, o que salva é a arrecadação de bilheteria. Se não fosse por isso, os clubes pagariam para jogar – diz o presidente do Corinthians, Andrés Sanchez.

– O que a Conmebol paga é uma vergonha. US$ 10 mil pelas placas de um jogo é uma piada de mau gosto – afirma João Paulo Jesus Lopes, diretor de futebol do São Paulo e um dos homens de confiança do presidente Juvenal Juvêncio.

Lopes diz que, depois da entrada dos clubes mexicanos, a questão econômica ficou ainda mais problemática. Para jogar contra o Monterrey, o clube desistiu de fretar um avião porque teria de pagar US$ 350 mil, praticamente o valor que recebeu para disputar a primeira fase, que teve seis jogos.

Outra dificuldade é o modelo de contrato. A Conmebol não negocia diretamente com a Fox (rede de TV dos EUA), mas por meio de uma empresa de marketing esportivo argentina, que fica com uma gorda comissão. Depois, a entidade apresenta os valores aos clubes, que não têm meios de negociar.
 
Nos últimos anos, clubes brasileiros receberam a promessa de um extra porque ameaçaram não assinar o contrato de cessão dos direitos de imagem. Mas, depois que assinaram, ficaram a ver navios.

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