Há exatos 9 anos, em 20 de dezembro de 2000, acontecia a mais fantástica virada de todos os tempos.
Jogando fora de casa, contra um adversário duríssimo e com um jogador a menos, o Gigante da Colina virou um onde saiu perdendo no primeiro por 3 x 0, para 4 x 3.
O feito foi tão espetacular que mereceu a criação de um , lançado em 31/01, na Sede Náutica. O título, como não poderia deixar de ser, é "A virada do século", de autoria de Camilo Sepúlveda pela editora carioca Multifoco.
O vice de futebol do Vasco, José Hamilton Mandarino, admitiu que o clube está de olho no meia-atacante Bruno Paulo, do Flamengo. O problema é que o jogador tem pré-contrato assinado com o Corinthians e só não atuará no clube paulista em 2010 se o técnico Mano Menezes não o quiser, em virtude do recheado elenco alvinegro.
- A questão é que não queremos nos aproximar muito por enquanto para não parecer aliciamento do jogador. Vamos esperar os acontecimentos - avisou o cartola cruzmaltino, que não se apóia no fato de que o pai do agente de Bruno Paulo, Pedro Pereira, é ex-dirigente do Vasco.
O empresário até confirmou a possibilidade de transferência para a Colina, mas ponderou que se trata de uma negociação complicada pelo fato de Flamengo e Vasco serem arquirrivais.
- Seria muito polêmico se ele saísse de lá para defender o Vasco. Vai dar um auê tremendo. Vamos ver - despistou.
O Fluminense seria outro clube carioca interessado na revelação rubro-negra, que também ouviu oferta do Internacional. Bruno Paulo fez somente três partidas pelo time dirigido de Andrade, e marcou um gol, contra o Santos. Na verdade, a estreia ainda foi na era Cuca.
Em seguida, ficou fora das relações de jogo por não concordar com os termos da renovação de contrato planejada pela diretoria. O vice de futebol do clube, Marcos Braz, chegou a chamá-lo de moleque e disparar contra Pedro Pereira, o que causou grande mal-estar e a falta de clima para continuar.
O FUTEBOL CARIOCA VOLTA A TER VISIBILIDADE NO CENÁRIO NACIONAL
O Futebol carioca voltou a ser protagonista do futebol brasileiro em 2009. Isso porque, com o sucesso do Vasco na Série B, batendo record de público, a permanencia de Batafogo e Fluminense na elite do futebol brasileiro, com uma recuperação impressionante na reta final e o título do Flamengo, deram novo ânimo aos torcedores.
Pra se ter uma idéia dessa ascenção, constatei que, em algumas das principais lojas de Natal/RN, não se encontra mais camisas do Vasco e Flamengo à venda. Isso porque, segundo os vendedores, a procura surpreendente de camisas pegaram todos de surpresa e não havia camisas suficientes no estoque.
NOTA DO BLOG: Se os dirigentes fossem um pouco mais profissionais e tivessem o minímo de organização, o futebol carioca estaria numa situação muito melhor. Não é admissível times como Vasco e Flamengo, que têm torcedores em toda parte do Brasil, não conseguirem formar boas equipes. Espero que a temporada 2009 sirva de lição para os dirigentes.
Renovação do Magro de Aço, Ronaldo Angelim, está próxima de se concretizar
O herói do título brasileiro terá seu contrato encerrado ao fim do ano. Mas não é motivo para temor dos torcedores do Flamengo. A intenção da diretoria é manter Ronaldo Angelim, e o próprio zagueiro já deixou claro o desejo de renovar seu vínculo. Nesta segunda-feira poderá haver novidade.
NOTA DO BLOG: Além da renovação do "Magro de Aço", o Flamengo, tenta renovar com os jogadores Airton, Juan, Zé Roberto e Adriano, que têm propostas da Europa. A Presidente Patrícia terá que mostrar jogo de sintura pra segurar o elenco rubro-negro.
Rafael Carioca já fechou com o Vasco, diz Mandarino
De acordo com informações da Tupi, o vice de futebol do Vasco José Hamilton Mandarino confirmou que o já fechou com Rafael Carioca e que o jogador se apresenta no início da semana.
NOTA DO BLOG: Pelo que apresentou no Gremio em 2008, é um excelente jogador.
O Vasco oficializou, neste sábado (12/12), a contratação do Vágner Mancini para ser o novo treinador para 2010.
Vários nomes foram cotados e chegou a ser noticiada como certa a contratação de Antonio Carlos, Técnico do São Caetano. Mas devido ao protesto da torcida, alegando que o mesmo seria racista, a Diretoria desistiu da contratação.
Diferentemente do Antonio Carlos, Vágner Mancini tem o apoio da torcida e chega num momento em que o Vasco está se estruturando e se reforçando para a temprorada 2010.
e destaque para Leo Gago, volante que fez uma boa temporada no Avaí.
O Raio X do Vagner Mancini, por supervasco.com
Formação ofensiva Vágner Mancini costuma escalar equipes ofensivas, bem ao estilo do . Isso agrada à torcida.
Irregularidade O ano de 2009 não foi muito bom. O Santos, apesar de vicecampeão paulista, não teve constância. Já o Vitória foi regular.
Disposição Dos técnicos da nova geração, é um dos de maior destaque. Se vencer à frente de um grande como o Vasco, deslanchará.
Cobrança Será ano de muita pressão da torcida, que espera campanha melhor que a de 2009. Será que o técnico aguenta?
Quem é
Nome: Vágner Carmo Mancini
Nascimento: 24/10/1966, em Ribeirão Preto (SP)
Função: Treinador
Títulos: Copa do (2005), pelo Paulista, e Baiano (2008), pelo Vitória.
Histórico
2002 São Carlense-SP O ex-jogador começou a carreira como técnico no clube do interior de São Paulo.
2004-2007 Paulista Viveu a maior conquista de sua carreira em 2005, quando foi campeão da Copa do Brasil sobre o Fluminense, em São Januário. No ano seguinte, disputou a Libertadores.
2007 Al-Nasr (EAU) Passou um ano no Oriente Médio, mas após uma temporada, o treinador decidiu que era momento de retornar para o Brasil.
2008 Teve no Tricolor Gaúcho a primeira oportunidade num grande clube do Brasil. Comandou o time por apenas seis jogos e foi demitido invicto (quatro vitórias e dois empates).
2008 Vitória Foi campeão baiano e fez boa campanha com o time no Brasileiro.
Derrotou o Vasco na última rodada e sacramentou o rebaixamento do Cruzmaltino.
2009 Santos Foi vice-campeão paulista com o Santos e acabou deixando o clube após começo ruim no Brasileiro.
2009 Vitória Não foi tão bem no retorno a Salvador, mas pelo menos evitou que o clube baiano fosse rebaixado.
Com o fim do Brasileirão, começa a temporada das transferências entre os jogadores e a dança das cadeiras entre os treinadores.
Visando reforçar suas equipes para os desafios de 2010, os clubes já começaram a se movimentar em busca dos reforços ideais. Muitas contratações já foram confirmadas, mas um número maior ainda está por vir. Além disso, nesse fim de ano o futebol brasileiro vem presenciando um novo tipo de movimentação: uma verdadeira dança das cadeiras por parte dos treinadores.
Dos 12 primeiros colocados do Brasileirão 2009, quase metade está sem um comandante. O vice-campeão Internacional, por exemplo, não renovou com Mário Sérgio, e tem especulado os nomes de Jorge Fossati, campeão da Libertadores e Copa Sul-Americana pela LDU, e Muricy Ramalho, ameaçado no Palmeiras, como possíveis sucessores.
Além de Muricy, o Verdão pode perder também o auxiliar Jorginho, que recebeu proposta oficial do Avaí. O clube catarinense procura um novo treinador, porque Silas, destaque na boa campanha do time no Brasileiro, deixou a Ressacada para treinar o Grêmio. Outro técnico que mudou de equipe foi Vanderlei Luxemburgo, que saiu do Santos para o Atlético-MG. O clube da Vila Belmiro, por sua vez, praticamente já acertou com Dorival Júnior, antigo treinador do Vasco, que deve anunciar Wagner Mancini ou Titi como o novo comandante do time nas próximas horas.
NOTA DO BLOG: É difícil um clube manter o mesmo elenco de um ano para o outro. Porque será? O futebol a cada dia virou um negócio. E como todo negócio o lucro é o principal objetivo. Se não há transferências, não há lucros e se não há lucro, o negócio não rende. Com isso, os jogadores, "reféns" dos empresários, muitas vezes não passam mais do que um ano em um clube. Uma pergunta: E onde foi parar o amor a camisa?
Em 1986, o campeonato Brasileiro foi decidido entre São Paulo e Guarani, com o SP sagrando-se campeão.
Naquele tempo, o campeonato era disputado por muitos times e os clubes dos grandes centros, os maiores em termos de títulos e torcida, resolveram se unir e criar um campeonato exclusivo com eles, os doze maiores do Brasil: São Paulo, Corinthians, Palmeiras, Santos, Grêmio, Internacional, Flamengo, Vasco da Gama, Fluminense, Botafogo, Cruzeiro e Atlético Mineiro. O Bahia, que era dirigido por um homem com muita força no futebol, o Paulo Maracajá, e sempre atraía grandes públicos para a Fonte Nova, brigou muito, fez pressão e conseguiu sua inclusão, nascendo assim o famigerado Clube dos Treze.
Eles procuraram a Rede Globo, que gostou da idéia, e conseguiram com a Coca-cola o patrocínio do torneio, com a Coca colocando sua marca na camisa de todos os times, nos prismas principais dos estádios e nas transmissões da Rede Globo.
A CBF foi contrária pelo fato de que, apesar dos clubes se acharem os maiores do Brasil, e alguns realmente eram, no campo e na bola jogada no ano anterior, muitos ficaram mal classificados: o Vasco, por exemplo, tinha caído para a 2ª divisão. Então, a CBF fez ver ao Clube dos 13 que qualquer clube que se achasse prejudicado entraria com ação judicial e ganharia. Então, o “Clube dos 13″ teve uma “brilhante” idéia: um campeonato com todos os 32 clubes da primeira divisão, divididos em dois módulos, com 16 clubes cada.
O verde, com os clubes pertencentes a ele, os dois clubes não participantes do “Clube dos 13″ melhores classificados no ranking da CBF (Goiás e Curitiba) e o Santa Cruz, que entrou no bolo por causa da pressão política exercida por Marco Maciel e pela amizade pessoal que o seu presidente tinha com Marcio Braga, presidente do Flamengo e primeiro presidente do “Clube dos 13″; e o módulo amarelo, composto pelos demais clubes que tinham direito adquirido em campo de jogar a Primeira Divisão do futebol Brasileiro.
Cada módulo teria sua disputa, jogando todos contra todos em turno e returno. No final, o 1º e o 2º colocados de cada módulo fariam um quadrangular e decidiriam o campeão e o vice do Campeonato Brasileiro. A segunda divisão também seguiu o mesmo critério, divididos em módulos azul e branco (as cores dadas aos módulos foram em homenagem a bandeira do Brasil).
Sendo assim, deu-se início ao Campeonato Brasileiro de 1987. Aí veio a grande SAFADEZA, típica atitude de abuso de poder das elites que acham que tudo podem em nosso País.
Quando já estava perto da definição dos representantes de cada módulo, para a disputa final, o “Clube dos 13″ convocou uma reunião do Conselho Arbitral e propuseram uma mudança no regulamento: não haveria mais a realização do quadrangular final e o campeão e o vice do módulo verde seriam decretados, automaticamente, campeão e vice do brasileiro.
Em votação, eles obtiveram a maioria dos votos a favor da mudança, porque além de contar com a unanimidade dos votos dos membros do módulo verde, alguns capachos do módulo amarelo também votaram a favor, como o Náutico, que objetivou claramente prejudicar o inimigo local, o SPORT, melhor time do Módulo Amarelo.
Mas aí veio o grande erro do “Clube dos 13″, que não era comandado por pessoas tão inteligentes quanto os mesmos se achavam.
O Regulamento do Conselho Arbitral previa que para se aprovar o regulamento de uma competição, logicamente antes do início dela, precisava-se da maioria dos votos a favor, PORÉM, DEPOIS DE INICIADA A COMPETIÇÃO, O REGULAMENTO SÓ PODERIA SER MUDADO POR UNANIMIDADE DOS VOTOS do Conselho Arbitral e não apenas pela maioria dos votos.
Esta norma existia justamente para evitar que os times com maior poder pudessem se unir e usar deste poder em favor de si mesmos, durante uma competição.
Este erro foi decisivo para que o Flamengo e seu “inteligente” presidente perdessem, no futuro, todas as tentativas jurídicas de conseguir o título de campeão brasileiro de 1987.
A CBF então fez o justo e o que estava conforme a Lei e não aceitou a falcatrua maquinada pelos mafiosos que na época estavam à frente do “Clube dos 13″, confirmando a realização do quadrangular final.
As primeira e segunda rodadas foram marcadas, mas Flamengo e Inter não apareceram e a CBF acabou marcando dois jogos entre SPORT e Guarani, sendo o primeiro em Campinas, com empate de 1X1, e o segundo na ILHA, 1X0 para o SPORT, com gol de Marco Antônio.
O fato da Globo não ter transmitido os jogos deu-se em virtude do boicote que os clubes integrantes do Módulo Amarelo fizeram à Rede Globo e à Coca-cola, que juntamente com o “Clube dos 13″ se achavam donas do futebol brasileiro e só patrocinaram os clubes do Módulo Verde.
Homero Lacerda, presidente do SPORT Recife na época, proibiu a entrada de profissionais da Rede Globo na Ilha e fechou a transmissão do jogo pelo SBT, eterna emissora rival da Rede Globo. O mesmo fez o presidente do Guarani.
O Flamengo tentou de todas as formas anular a decisão da CBF e perdeu em todas as instâncias judiciais, no âmbito desportivo e também da Justiça Comum, sendo inclusive ameaçado de punição pela FIFA, que também reconhece o título de 1987 como sendo do Sport.
Por fim, SPORT e Guarani foram homologados campeão e vice-campeão brasileiros de 1987, tendo inclusive representado o Brasil na disputa da Taça Libertadores da América de 1988.
Como se pode ver, o SPORT derrotou a todos que se dignaram a enfrentá-lo nos gramados (como o vice-campeão brasileiro do ano anterior: O Guarani) e nos tribunais (os que não tiveram decência de enfrentá-lo nos gramados, como Flamengo e Internacional).
Esta história marca a luta de um time nordestino que enfrentou sozinho o poder dos maiores times do Brasil, que unidos com a Rede Globo e a multinacional Coca-Cola, acharam que poderiam fazer prevalecer sua vontade sobre o que era justo e dentro da Lei.
Algumas mentiras que se repetem até hoje:
” SPORT e Guarani eram da segunda divisão.” Mentira: Como poderia ser o Guarani da segunda divisão se era o vice campeão de 1986?
A segunda divisão foi disputada com os Módulos Azul e Branco.
“A CBF mudou o regulamento.” Mentira: Quem tentou mudar regulamento, após o início da competição, foi o Clube dos 13, mas não teve êxito, pois isto só seria LEGAL com a UNANIMIDADE dos votos dos membros do Conselho Arbitral, o que não ocorreu.
” O Flamengo recebeu a taça.” Mentira: A taça foi entregue ao SPORT e está na Ilha do Retiro, na sala de troféus do SPORT, para quem quiser ver.
Depois de 17 anos, o Flamengo é campeão brasileiro de futebol
Mostrando o futebol mais eficiente do que os adversários, o Flamengo, neste domingo, sagrou-se campeão brasileiro de futebol, ao bater a equipe do Grêmio por 2 a 1.
Num jogo onde todos esperavam que os jovens jogadores gremistas "entregassem o jogo", o que se viu foi que a ansiedade dos jogadores rubro-negros quase estragou a festa. Pois o Grêmio fez 1 a 0 e o Flamengo só conseguiu empatar a partida com um gol polêmico de David. Os gremistas reclamaram de falta de Adriano no Zagueiro (e na minha opinião o Adrinao fez falta, mas Wright disse que não foi. Tá dito).
No segundo tempo o nervosismo continuou até o gol de cabeça de Ronaldo Angelim, no escanteio batido por Pet.
Para alegria da nação rubro-negra em todo Brasil, da Globo, do STJD e da CBF, o Flamengo, depois de 17 anos, sagrou-se Campeão Brasileiro de Futebol.
Parabéns ao Flamengo e sua torcida pelo título de Campeão Brasileiro de Futebol em 2009!
PONTOS CORRIDOS
Desde o início da disputa por pontos corridos, este foi um dos campeonatos mais equilibrados. Isto até a 36ª rodada, ocasião em que o time do Corinthians, sem cerimônias, "entregou o jogo" pra prejudicar os rivais São Paulo e Palmeiras. Pra completar, a Diretoria do Grêmio mandou os jogadores reservas enfrentarem o Flamengo, no Maracanã, com um discurso falacioso de que o Grêmio não entregaria o jogo. Não precisava entregar, como não entregou. Agora é óbvio que, se os titulares gremistas não conseguiram vencer fora de casa, imagine os reservas. "Mas não houve entrega de jogo pra prejudicar o Inter".
Sem querer desmerecer o título do Flamengo (que foi merecido), que poderia ter vencido o Corinthians e o Grêmio em qualquer ocasião, é preciso que a CBF tome providências enérgicas quanto a atitude do Corinthians de "entregar o jogo". Não se pode admitir tamanha falta de ética no futebol. Ou será que a CBF não viu e nem ouviu o que foi divulgado por toda imprensa brasileira (exceto pelas Organizações Globo), que o Presidente do Flamengo antecipou "a festa em campinas" e que o Corinthians era co-irmão? E também não soube que o Felipe disse aos companheiros que não pularia na bola pra defender o penalti?
A instituição máxima do futebol brasileiro não pode deixar que esse tipo de atitude anti-ética manche o futebol brasileiro e a credibilidade da disputa por pontos corridos. Ela tem a obrigação de zelar pela ética e pela moral do futebol brasileiro. Com a palavra a CBF.
Brasileirão 2009: "um dos mais disputados de todos os tempos"
O futebol ainda é a grande diversão de muitos brasileiros. Seja na pelada de várzea ou na disputa de uma final de Copa do Mundo. Mas esse esporte tão amado por muitas pessoas espalhadas pelo mundo está, a cada dia, se parecendo mais com um grande negócio do que com um esporte.
O interesse dos patrocinadores, apostadores e emissoras de TV está acima da ética esportiva, da paixão do torcedor que vai ao estádio e volta pra casa depois da meia-noite, que compra camisa e faz loucuras pelo seu time do coração.
O que se tem visto na reta final do Brasileirão deste ano tem contornos suspeitos, risíveis e vexatórios. E lições múltiplas de falta de ética, deselegância e falta de profissionalismo como jamais se poderia esperar dessa "era do fair-play" que a FIFA tanto badala. A imprensa, é claro, nada diz. Os repórteres-baba-ovo enaltecem os tiranos; os colunistas Pôncio Pilatos lavam suas mãos para não perderem quorum. Eis a pátria mãe gentil exercendo seu requinte de madrasta à luz do dia, com todos os seus filhinhos degradados fingindo não verem nada!
Quem não viu alguns jogadores do Corinthians, uma semana antes do jogo contra o Flamengo, deixarem claro que entregariam o jogo pra prejudicar os rivais. Foi jogador inventando contusões, goleiro dizendo que não vai pegar penalti. E todo mundo acredita que não houve "entega de jogo". O primeiro gol rubro-negro nasceu de uma jogada em que um lançamento de longa distância deixou Zé Roberto mano a mano com... Jucilei! Sim, Jucilei! O torcedor rubro-negro da coletiva do Corínthians! Se não tivesse visto a entrevista de Jucilei, poderia simplesmente achar que foi falha grotesca de um péssimo jogador. Isso mostra que mais uma vez venceu a malandragem e trapaça como marca nacional.
O que não é noticiado pra não "manchar o título" do Flamengo é que o Corínthians entregou o jogo para o Palmeiras não ser campeão. O Grêmio quer entregar o jogo para o Inter não ser campeão. Falaí, moçada! Falem aí, senhores jornalistas bem pagos dos debates esportivos nas redes de televisão. É isso que vocês chamam de "o campeonato mais disputado dos últimos anos"? É isso que a gente chama de "emoção do futebol", "caixinha de surpresas", "emoção pra valer"??? Depois do penta que nunca foi penta, vem aí o hexa que nunca foi hexa?
E o negócio futebol ainda é a paixão do povo brasileiro. Mesmo com todas as atrocidades que vem acontecendo. Mas como esperar ética no futebol se o nosso Presidente da República declara que "uma imagem não fala por si". Como todos nós sabemos que somos um país de homens honestos e íntegros, de apurações decentes, justiça infalivel e cadeia certa para os criminosos, acreditamos piamente nas palavras do "filho do Brasil" e de que no futebol não há manipulação de resultado.
E é claro, para um campeonato onde a surrupiação e a malandragem falaram mais alto só podia ter mesmo um time símbolo de toda articulação mesquinha do nosso povo como grande favorito ao título.
